segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

não se define sentimentos...

Carolina já não sabia mais o que fazer. O desespero e o choro entrou em seu coração com aquela conversa. Não ousou tentar ler por mais um minuto. O melhor a fazer era ligar, chamar e conversar. O que sentia por Felipe não era normal. Era surreal. Não tinha razão alguma de deixar qualquer um destruir seu encanto, seu interior. Se seu coração queria, não teve motivos para hesitar.

Carolina:
Não dá. Não consigo deixar que a realidade me atinja por inteira.
Podia esperar de tudo, exceto isso.
Os questionamentos não param de badalar dentro de mim, mas, de uma maneira inexplicável, não me sinto capaz de sentir raiva, ódio ou qualquer semelhança. É absurdamente inacreditável.
Posso tentar definir de todas as formas possível e o único sentimento que me aflige é o de não ser, o do impossível.
Doeu mais perceber a dor que ele sentiu do que a ponta que me machucou. Aliás, de certa forma importou em mim saber o real sentir das coisas.
Parada assim, pensando, concluo que é melhor não pensar, não imaginar. É como passar uma borracha no que aconteceu -uma maneira de não saber que aconteceu, ainda que sabendo-.
Improvável dizer como vai ser daqui pra frente, como serão os comportamentos, tudo. Beijos, abraços, carinhos.
É como começar do zero e reconstruir tudo novamente. Sinceridade, confiança. Tudo ainda existe em mim. Mas e nele? Como vai ser? Isso me atormenta muito mais. Eu vou ajudar, eu vou correr, meu sentimento não foi abalado e não vai ser. Já guiei tudo a ele, me planejei com ele. Sou dele.
Hurf.
Vai ser bem pior do outro lado.

Ainda assim eu consigo compreender. Meu Deus! Foi um teste para ambos. Se algum dia eu me questionei sobre algo, acabo de saber o quanto meu sentimento vai além do compreensível, do provável.

Não dá pra mudar. Sei que aquele não era ele, nunca foi e jamais tentará ser novamente.

Eu o amo.
E que isso fique bem claro.

Carolina R.

 
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